Neste Grande Livro Que Entrelaça Reflexão Sociológica E Memória Autobiográfica, Didier Eribon Relata Seu Retorno, Depois Da Morte De Seu Pai, A Reims, Sua Cidade Natal, E Seu Defrontamento Com Seu Ambiente De Origem, Com O Qual Havia Praticamente Rompido Trinta Anos Antes. Desse Reencontro, Vem O Ímpeto De Mergulhar No Passado E Retraçar A História De Sua Família, À Medida Que Se Dá Conta De Que A Ruptura Não Se Deveu Exclusivamente A Sua Homossexualidade Ou À Homofobia Que Pairava No Ambiente Doméstico, Mas Também À Vergonha Que Ele Sentia De Sua Origem Social. Ao Evocar O Mundo Operário De Sua Infância, Reconstituindo Sua Ascensão Social E Sua Vida Intelectual A Partir Dos Anos 1950, O Filósofo E Sociólogo Francês Combina A Cada Parte Desse Relato Íntimo E Comovente Elementos De Uma Reflexão Sobre Classes, Sistema Escolar, Formação Das Identidades, Sexualidade, Política, Democracia E A Mudança Do Padrão De Votos Da Classe Operária Que É Ilustrada Por Sua Própria Família Que Troca Sua Lealdade Pelo Partido Comunista Por Partidos De Direita E Até De Extrema-Direita. Ao Reinscrever Assim As Trajetórias Individuais Nos Determinismos Coletivos, Didier Eribon Se Questiona Sobre A Multiplicidade De Formas Da Dominação E Portanto Da Resistência.