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Revista Pernambuco - Ano 1 - Nº 9

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Um crítico de alto nível, hoje esquecido, Octavio de Freitas Jr., publicou um artigo em O Jornal (24 de abril de 1949) sobre "experiência romântica norte-americana". Incluiu Truman Capote nela e transcreveu uma declaração do escritor: "Tudo o que eu quero fazer é contar histórias". A frase parece aplicar-se a qualquer narrador, mas, no caso do estadunidense, havia uma particularidade: aceitar e rejeitar, ao mesmo tempo, o rótulo “novo jornalismo”. Por uma simples razão: com o seu livro mais conhecido, A sangue frio, acreditava ter inventado um novo gênero literário: o romance de não ficção. Sabendo-se que a meia-verdade costuma ser mais atraente do que a mentira inteira, esse terreno de claro-escuro do romance de não ficção pode ser visto como um oxímoro. Nada mais grave para um jornalista que não contar a verdade. Nada mais grave para um novelista que o excesso de verdade e carência de imaginação. Parte dos autores desse “novo” gênero, para compensar a pobreza de sua imaginação, investe a energia na mimese. Tenta, talvez inconscientemente, enfatizar a importância da realidade, mancomunando-a com a elaboração caprichosa da linguagem. Até a ilusão de ar-rebentar/reinventar a roda e o fogo. A explicação para o oxímoro pode ser simplificada. O “romance de não ficção” tenta negar a ficção, mas é também fictio, derivado de fingo. Não escapa do jogo de forjar e simular a realidade. O narrador também é um fingidor/construtor. Todas as narrativas são construções mentais e verbais. A fricção interior/exterior. Na atualidade, quando a tal novela de não ficção vem sendo uma nova moda, prima da autoficção, cabe revisitar Capote, no ano e mês do seu centenário. Mesmo considerando os novos rótulos tão precários quanto os antigos, ele continua vivo porque sabia contar bem histórias. O que resta hoje de Qin Shihuang? O dos guerreiros de terracota. Quem mandou queimar todos os livros indesejáveis. Sua história na História. Os escritores fazem o contrário dos queimadores de livros. Tentam, pelo sonho dos seus livros, inventar criaturas imunes ao fogo. Acreditam numa fênix que nunca arde como bruxa. Se há um incêndio, tentam convertê-lo em história. Isso também está contado numa reportagem especial nesta edição.
Marca: CEPE **

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