Apesar do aparente aspecto inequívoco sobre o que deve ser feito no espaço urbano no que diz respeito à manutenção da saúde, a escolha foi, é e será sempre política: uma resposta política a demandas sociais específicas. Trata-se, por exemplo, de manter a sua formosura ou diminuir os índices de morbidade e mortalidade? A escolha de uma alternativa pode significar o sacrifício de outra. E essa escolha é feita também por parâmetros científicos, mas não apenas. Aliás, a ciência que é trazida para a legitimação de determinada escolha tampouco está isenta de valores sociais e morais. É entendendo essa relação entre saúde, medicina, espaço e ciência dentro do seu contexto social que este volume procura desvendar alguns dilemas de momentos e lugares da América Latina entre os séculos XVIII e XX.