Século xxI e a crise no futebol brasileiro

No livro Século xxI e a Crise no Futebol Brasileiro, o autor faz uma análise instigante sobre como o país, que um dia foi sinônimo de excelência no futebol, perdeu espaço e protagonismo no cenário mundial. A obra parte da ideia de que este esporte, desde sua institucionalização em 1863, sempre se sustentou sobre quatro pilares fundamentais: físico, técnico, mental ou psicológico e tático. Durante o século xx, a genialidade do futebolista brasileiro encantou o mundo e fez história com conquistas memoráveis. Mas, com a chegada do século xxI, houve uma mudança de paradigma: o pilar tático ganhou protagonismo e o sucesso passou a depender cada vez mais do conhecimento e capacidade dos treinadores. Revisitando todas as Copas do Mundo disputadas pelo Brasil, o autor traça um panorama crítico e consistente, mostrando como a carência na evolução tática e o despreparo na formação dos nossos treinadores minaram a competitividade do futebol brasileiro. A obra revela como, mesmo em meio a um futebol tecnicamente brilhante, a formação deficiente de treinadores brasileiros impediu a evolução tática necessária para acompanhar as mudanças do futebol global. Enquanto países europeus investiram pesado na capacitação técnica e metodológica de seus treinadores, o Brasil permaneceu preso a modelos obsoletos e a uma cultura de improviso. Com base em entrevistas, como a do ex-zagueiro Antônio Carlos Zago, e dados históricos, o livro demonstra que a crise do futebol brasileiro é, em grande parte, consequência da estagnação na formação de treinadores e da falta de investimento em métodos modernos de ensino e treinamento. No fim, a obra faz um convite à reflexão sobre como reconstruir a hegemonia do futebol brasileiro a partir da valorização do conhecimento, da modernização da gestão e da qualificação profissional de quem ensina e lidera a modalidade em território nacional.