Um dos maiores clássicos dos quadrinhos de todos os tempos! Até hoje nenhum outro quadrinista do Ocidente conseguiu atingir o nível de popularidade que Al Capp teve no século XX: todos os dias, dezenas de milhões de leitores acompanhavam Li'''''''' l Abner, sua tira de jornal publicada no mundo inteiro desde 1934, que chegou ao Brasil como Ferdinando. Aquele que talvez seja seu personagem mais popular surgiu em 1948 e se tornou um extraordinário fenômeno da cultura pop: o Shmoo, uma e stranha criatura rechonchuda e adorável que conquistou corações e gerou uma febre comercial sem precedentes nos Estados Unidos. Com sua incrível habilidade de transformar-se em objetos úteis e em alimentos, os Shmoos multiplicavam-se com uma rapidez impressionante, oferecendo uma utopia de abundância que questionava o capitalismo e a sociedade moderna. Embora pareça apenas uma criatura bonitinha e carismática, o Shmoo é também uma metáfora criada por Al Capp para refle tir sobre o capitalismo, o consumo e as contradições da sociedade americana do pós-guerra. Capaz de se multiplicar, alimentar, vestir e servir os humanos sem pedir nada em troca, o Shmoo despertou tanto amor quanto medo — especialmente entre empresár ios preocupados com a ameaça que ele representava à lógica do lucro. O livro que chega agora ao Brasil reúne, pela primeira vez, todas as tiras do personagem publicadas na tira Li’l Abner entre 1948 e 1976, além de fotografias r aras do autor e ilustrações que marcaram a época. Conheça as aventuras hilariantes de Shmoo com a família Barnabé, Violeta Ouriço, Jão Sujeira, Véio Moisés, os Mequetrefes e tantos outros personagens que conquistaram o mundo com humor e carisma. A or ganização do livro, repleto de notas explicativas, que contextualizam os diferentes períodos em que a saga foi publicada, é de pesquisador Denis Kitchen, um dos maiores especialistas na obra de Capp e importante pesquisador e editor de HQs. E se você ainda está se perguntando por que Shmoo importa, aqui vai: ele ajudou a pavimentar o caminho para boa parte dos quadrinhos modernos que misturam humor, crítica social e personagens absurdos. Will Eisner homenageou Al Capp e Ferdinando em uma história de Spirit publicada em 1947. Capp também foi uma referência direta para autores como Uderzo, Goscinny, Charles Schulz, Harvey Kurtzman, Gilbert Shelton, Robert Crumb, Jules Feiffer