Mas Da Gente também conta com canções de autores da geração de Simone. Ela ouviu o disco que Fagner e Zeca Baleiro fizeram em 2003 e de lá pescou Dezembros, assinada pelos dois com o letrista Fausto Nilo (autor de grandes sucessos da carreira de Simone, como Um Desejo Só Não Basta e Pão e Poesia). Apesar de escrita há 20 anos, a música ganha novo significado por falar de distância e de “ver a morte assim tão perto”. Já Estilhaços, de Cátia de França e Flávio Nascimento, intitulou o segundo álbum da compositora paraibana, de 1980, e é um dos momentos mais alegres do disco. Afinal, os estilhaços aqui são de amor. “Cátia é de uma força extraordinária, as melodias dela são fantásticas”, diz Simone. Compositora bissexta, Simone havia apresentado em uma de suas lives uma música própria: Nua, parceria com o poeta português Tiago Torres da Silva. A princípio, a cantora não cogitava incluí-la no repertório, mas foi convencida. “Minha música só entrou por imposição de Zélia, Juliano e Webster”, diverte-se, reconhecendo que a sensualidade da canção se encaixou bem no conjunto da obra. FAIXAS