A Partir Do Discurso Do Apóstolo Paulo, Tido Como O Fundador Do Cristianismo, O Filósofo Alain Badiou Formula Uma Investigação Sobre Os Fundamentos Do Universalismo. Para O Intelectual Francês, Paulo Inaugura Um Novo Discurso, Distinto Da Filosofia Grega E Da Lei Dos Judeus, Fundado Na Experiência E Portador De Uma Nova Perspectiva, A Universalidade.Ao Longo Desse Ensaio, Badiou Aborda A Conexão Paradoxal Feita Por Paulo Entre Um Sujeito Sem Identidade E Uma Lei Sem Suporte, Que Funda A Possibilidade De Uma Predicação Universal Na História. Nas Palavras Do Filósofo Francês: Se, Hoje, Quero Retraçar Em Poucas Páginas A Singularidade Dessa Conexão É Porque Trabalho Por Todos Os Ângulos, Até Com A Negação De Sua Possibilidade, A Busca De Uma Nova Figura Militante, Demandada Para Suceder Àquela Cujo Lugar Lenin E Os Bolcheviques Ocuparam, No Início Do Século Passado, E Que Se Pode Dizer Ter Sido A Do Militante De Partido.Este Livro É Testemunho Do Não Conformismo De Paulo E De Badiou, Que Mostra A Mesma Paixão Política Que Vê Nas Epístolas Do Primeiro E Para Quem O Pensamento Não Espera E Jamais Esgota Sua Reserva De Força, A Não Ser Para Quem Sucumbe No Profundo Desejo De Conformidade, Que É A Via Da Morte.SP, Publicado No Âmbito Do Ano Da França No Brasil, Contou Com O Apoio Do Ministério Francês Das Relações Exteriores E Européias. O Livro Conta Ainda Com Um Posfácio De Vladimir Safatle, No Qual O Professor Da Usp Avalia A Produção Intelectual E Trajetória De Badiou. Em Suas Palavras, Podemos Dizer Que Badiou Parte Do Princípio De Que A Política Não Pode Ser Guiada Por Exigência De Realização De Ideais Normativos De Justiça E Consenso Que Já Estariam Atualmente Presentes Em Alguma Dimensão Da Vida Social. Pois Isso Nos Impediria De Desenvolver Uma Crítica Mais Profunda Capaz De Questionar A Gênese De Nossos Próprios Ideais E Valores.