Publicado Originalmente Em 1981 Terra De Santa Cruz De Adélia Prado Retorna Com Nova Capa Para Celebrar A Grande Figura Da Atual Poesia Brasileira Vencedora Dos Prêmios Camões E Machado De Assis A Publicação De Terra De Santa Cruz Em 1981 Consolidou Adélia Prado Como Uma Das Vozes Mais autênticos Da Poesia Brasileira Na Segunda Metade Do Século Xx Depois Da Arrebatadora Estreia Com O Hoje Clássico Bagagem 1976 E Da Consagração De O Coração Disparado 1978 Vencedor Do Prêmio Jabuti A Autora Mineira Arrematou O Que O Crítico Augusto Massi Definiu Como A Santíssima Trindade De Seu Modo Poéticodas Três Partes Que Compõem A Obra Território Catequese E Sagração As Duas Últimas São Dedicadas A Poemas Que Dialogam Intensamente Com A Religiosidade Mas Também Reafirmam A Fé Da Poeta No Cotidiano No Povo E Nas Coisas Simples Da Vida Como Em A Porta Estreita Deus Tem Compaixão Desta Cidade E De Mim Que Andei Em Suas Ruas Secretamente Dizendo-Me Sou O Poeta Deste Povocom O País Ainda Sob Uma Ditadura A Poeta É Incisiva Ao Dizer No Poema Terra De Santa Cruz Que Os Torturadores Todos Enlouquecem E Os Regimes Iníquos Apodrecem Em Casamento Um Dos Mais Belos Poemas Do Livro O Amor O Desejo E O Companheirismo Estão Representados Em Uma Travessa De Peixes Ha Mulheres Que Dizem Meu Marido Se Quiser Pescar Pesque Mas Que Limpe Os Peixes Eu Não A Qualquer Hora Da Noite Me Levanto Ajudo A Escamar Abrir Retalhar E Salgar