Tomara que eu me dê bem, publicado pela maior editora italiana, a Arnoldo Mondadori Editore, de Milão, vendeu 2 milhões de exemplares na Itália. O texto foi adaptado para um filme (dirigido por Lina Wertmüller, com Paolo Villaggio, como ator principal), três apresentações teatrais (na Itália, com roteiro de Maurizio Constanzo e do próprio Marcello D’Orta; na França, em Paris e Chambéry), uma obra musical clássica (compositores da Nova Orquestra Sinfônica Alessandro Scarlatti), uma versão de jazz (com música do maestro Luigi Snichelotto) e uma comédia musical (ator principal Maurizio Casagrande, música de Enzo Gragnaniello). Houve inúmeras monografias e dissertações na Itália e no exterior. A vida cotidiana na família e na escola, as experiências e esperanças para o futuro de muitas crianças dos subúrbios napolitanos. Tal como eles contaram em suas redações: com uma inocência impiedosa, com um humor paradoxal. E, é preciso dizer, com soberana indiferença às regras sintáticas e gramaticais. Um livro anômalo e belo, trágico e alegre ao mesmo tempo. Para ser lido com a ternura devida às crianças nascidas e criadas num recanto infeliz da Itália. Mas também para ser apreciado com avidez, porque, cada tema, cada página tem um raro sabor de espontaneidade. Um caso literário, um best-seller desde seu lançamento em 1990, finalmente publicado no Brasil.