A obra aborda também a decadência das metodologias tradicionalmente adotadas no ensino de Engenharia e seus efeitos deletérios na motivação dos jovens que buscam estudar o curso. Procura tratar, de uma forma acessível, a existência de uma transição paradigmática nas fronteiras da Ciência, apontando, por meio de reflexões epistemológicas, que há um paradoxo paradigmático no ensino clássico da Engenharia, que dificulta a implementação de transformações efetivas, pois tais aspectos, por serem difíceis de serem conscientizados (como ocorre com reflexões epistemológicas), praticamente inviabiliza sua superação. Muitas louváveis iniciativas de busca por transformação do ensino da Engenharia têm ocorrido na atualidade, porém, parecem não mergulhar nos delicados aspectos epistemológicos e, portanto, são propostas metodologias “inovadoras”, que trazem alguma mudança, mas persistem no paradigma tradicional do ensino da Engenharia. Inclui-se um capítulo que discorre de forma ampla o Pensamento Sistêmico novo-paradigmático, a epistemologia emergente na Ciência contemporânea. Além disso, apresenta o que foi possível implementar de inovador, no experimento realizado, e os resultados de uma pesquisa com egressos, demonstrando um êxito profissional extremamente diferenciado e um nível de formação técnica, humana e de habilidades e competências muito positivo, na percepção dos engenheiros que se formaram no curso.