Em tempos assustadores de governamentalidade neoliberal, como aponta Foucault, ao denunciar a ameaça de captura da subjetividade pelo ideal do “empresário de si mesmo”, de ascensão das forças da ultradireita e de conservadorismo acirrado em muitas frentes, temos de nos perguntar insistentemente com Foucault e com os antigos gregos e romanos, destacados por Norma Telles nas “Quatro variações sobre Epiteto” ou ainda, por Tony Hara, quando pergunta “o que fazemos da verdadeira vida?”. A aposta em modos de vida libertários, antirracistas, lúdicos e filóginos, a serem (re)inventados nos traz esperança e torna-se uma necessidade, pois repetindo o que já sabemos: a luta continua!