Em “A Última Página – Um Encontro com Milton”, além de ler uma biografia rica em dados, fatos e realizações mais importantes de sua vida; há uma intensa fotobiografia, que marca os momentos mais significativos de suas conquistas pessoais e, também, da família. Cada foto guarda uma história e uma lembrança preciosa, das sucessivas etapas de sua vida e também de sua família, até chegar à idade adulta, em uma percepção caleidoscópica, isto é, pelo conjunto de mudanças físicas e intelectuais, das diferentes épocas; tais como a sua aparência, a sua linguagem corporal, como se vestia, como convivia e se interagia com as pessoas pelas quais conviviam; bem como era a sua família a sua movimentação em torno dela. Um livro ilustrado com fotografias possui o poder de documentar, induzindo o ser humano ao pensamento, trazendo à memória as lembranças mais remotas. Não só as de quem você lê ou vê, mas as que você também tem. Cada detalhe pode ser significativo se você valorizá-lo, como foi no meu caso. E poder celebrar para sempre a passagem de um ente querido pelo mundo, com um livro em sua homenagem o fará eterno. Apesar da falta e da saudade, que, sempre, emergirão, o tempo pode acalmar os sentidos, como disse Adélia Prado: “Dizem que o tempo cura tudo, mas não é simples assim. Ele acalma os sentidos, apara as arestas, coloca um band-aid na dor. Mas aquilo que amamos tem vocação para emergir das profundezas, romper os cadeados e assombrar de vez em quando.”
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