Adeus Sapiens pode tanto significar o fim da espécie humana, numa sexta extinção em massa, mas também a despedida de seu ganancioso filho, o Homo economicus, para finalmente darmos as boas-vindas ao Homo empathicus. É este o projeto de que William toma parte. Após ter seu ego ácido e egoísta de jornalista investigativo do mundo das finanças vencedor do Prêmio Pulitzer desafiado, ele oscila entre um defensor de bilionários para o devir de um ser consciente e sensibilizado para a gigantesca tragédia socioclimática ao redor. Como apenas uma geração humana, talvez não seja suficiente para compreender e transformar tal magnitude. William terá uma prorrogação para efetivar seu plano, nessa jornada que é uma ficção científica, mas também histórica e política. E já que viveremos um pouco menos do que William, aproveito as últimas linhas deste texto-barbante para revisitar a célebre frase: É mais fácil imaginar o fim do mun-do do que o fim do capitalismo. James Marins nasceu entre as araucárias quase extintas de Curitiba, Paraná. Doutor pela PUC-SP, com pós-doutorado em Direito do Estado pela Universitat de Barcelona, publicou uma dezena de livros e mais de cem artigos no Brasil e no exterior. Publicou A Era do Impacto (Ed. Voo), que inspirou o documentário Muito além do lucro, dirigido pela cineasta Mara Mourão e organizou a inovadora obra de mesmo título, Muito Além do Lucro O Livro (Ed. Voo). Foi coautor de Empreendedorismo social e inovação social no contexto brasileiro (PUCPRESS), obra finalista do Prêmio Jabuti, na categoria Economia Criativa. Como ativista no campo do impacto social, fundou o Instituto Legado, que, há mais de uma década, semeia transformações sociais e ambientais por todo o Brasil. Velejador de almas e oceanos, navegou por dezoito países, centenas de ilhas e três continentes. Em cada travessia, segue buscando, na Humanidade, aquilo que nunca deveria ter perdido: sua essência.
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