Em tempos de franca crise da democracia no Brasil, esta publicação é urgência e alento. Mariana Rosell analisa a dramaturgia de matriz comunista sob a ditadura militar, a partir das obras e dos debates culturais em que se construíram. Caminha pelas relações entre o engajamento clássico, dos anos 1950 e 1960, e a dramaturgia de avaliação dos 1970que ressignificou as derrotas dos anos de maior repressão, sob a forma de um novo frentismo cultural, em busca de restauração da democracia. Sua trilha permite compreender como o teatro reinventou práticas e projetos, redesenhandoem arte e políticahorizontes de esperança para o arbítrio. Alento urgente. (Miriam Hermeto)