No livro de Fernando Andrade, encontramos um apelo poético por socorro, uma busca por luz mesmo na escuridão do sótão da vida. O poeta, entre velharias e trapos esquecidos, clama por ajuda, enquanto lapida palavras e constrói jogos léxicos. Explora entre o sagrado e o profano, buscando sentido na história e na ficção. No entanto, o cerne do livro é o inexistente, o vazio interior. Mesmo tentando sobrepujar o vácuo, o poeta transmuta o grito em silêncio, revelando a grandeza do fazer poético na contemplação desse vazio.