Concebido a partir do desejo de suprir uma carência da literatura sobre as religiões afro-brasileiras, Irín Tité: Ferramentas sagradas dos orixás apresenta de forma bastante prática, por meio de textos e de ilustrações, as ferramentas principais de todos os orixás, respeitando a ordem de xirê. De Exu a Oxalá, são expostas desde peças maiores até aquelas menores, igualmente importantes na montagem dos assentamentos dos orixás. De todas as divindades que compõem o panteão iorubano, apenas Nanã é excluída, devido ao fato de não aceitar metais em seus igbás. Igbás e ojúbós, ambos compostos com ferros específicos de cada santo, são compreendidos pelas casas de candomblé como elos indispensáveis para a ligação entre as divindades e os iniciados. A partir de rituais acompanhados de cânticos e de rezas, os receptáculos adquirem o axé dos orixás, vinculando- se para sempre a uma determinada energia.